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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Igual gazela




Igual uma gazela corri
Para em teus braços ficar
Filhote carente de ninho
Encontra a luz, do teu olhar

Recolhe-me, eu estou sozinho
Querendo me aconchegar
Em teu corpo, encontro carinho
E conjugo o verbo amar

Retiro de ti a essência
No beijo com sabor de maça
Te trago colado no peito
Em abraços de mel e hortelã

Envolves-me em doces afagos
Querendo comigo, adormecer
Eu qual gazela, lépida, faceira
O teu aconchego não vou esquecer

Mara Laurentino

Fechando a janela



Hoje vi da janela do meu carro
Criança suja no farol
Querendo do pão um pedaço
E da vida um pouco de sol
Vi quando de outro se aproximava
A bater-lhe na janela então
Pedindo um pouco de moeda
Ou mesmo alguém que lhe
Estenda a mão
Cruel foi naquele momento
Esse alguém sem nenhuma
Compaixão
A fechar-lhe a janela na cara
Sem sequer, lhe dá atenção
Veio a mim naquele momento
A dizer-me coisas assim
Eu não queria ser um pedinte
Mais não tenho quem cuide
De mim
Eu sou só, uma criança
E tenho sonhos também
Eu queria ter uma casa
Estudar e ser homem de bem
Não quero matar nem roubar
Só que a vida, me jogou aqui
Por isso, de mim não tenhas medo
E não feches a janela pra mim.

Mara laurentino

terça-feira, 16 de junho de 2009

Nostalgia





Rasga-se dentro de si o coração
Grita à alma, o peito dilacera-se em dor
Ouvindo as notas tristes da canção
Em melancólicas, histórias de amor
Saudade é pra sempre o que lhe resta
Em nostalgia seu tempo ver passar
Há se pudesse voltar em dias antes
E esta saudade do seu peito arrancar

A brisa acaricia o seu rosto
Em lágrimas, seus olhos estão á debulhar
A velha vitrola contém todo seu passado
Há que saudade, do tempo que não voltará
Lembranças vêm, tal e qual um grande fantasma
Que continua pelo o tempo a lhe assustar
Há se pudesse voltar em dias antes
E esta saudade do seu peito arrancar

Mara Laurentino

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Beija-flor




Beija-me, com teus beijos quentes
Com tua boca ardente
E faze-me enlouquecer
Qual um beija-flor suga o meu néctar
Abraças-me e me apertas
Até o anoitecer
Beija á flor do meu jardim
Recolhe para ti, o mel da minha flor
E adoça então, a minha boca louca
E no céu da minha boca
Guardas, o mel que há em ti
Beija-me, oh beija-flor
Que com teus beijos ardentes
Serei eu então pra sempre
Revestida de amor
Do meu jardim então, terei pra ti somente
O orvalho e o doce néctar
Da linda flor do beija-flor

Mara laurentino