Translate

sábado, 29 de dezembro de 2012

VIRADA

viu???..., bem que eu te avisei
para não brincar comigo
que eu não sou uma presa fácil
mais você, não deu ouvido

veio pensando que era
o dom Juan do meu pedaço
que era só bater um lero
e eu caia em teus braços

chegando todo mansinho
veio com voz apaixonante
recitando uns versinhos
e pensando ser o grande

e eu na minha maldade,
te deixei ir adiante
e fiz então que achava
teu amor irradiante

te fiz pensar ser príncipe
aquele dos contos de fadas
que iria conseguir teus intentos
e me deixar apaixonada

com teu ego lá em alta
te fiz ficar orgulhoso
no entanto não sabias
que pra mim era só jogo

te levei lá nas alturas
e saltei de pára quedas
fiquei só apreciando
pois grande foi a tua queda

ao cair na real, você então percebeu
com sentimento não se brinca
e olha só, isso muito em ti doeu
pois você já gostava de mim
e dessa vez, o grande vencedor foi eu

 Mara Laurentino














sábado, 4 de fevereiro de 2012

Deserto




Sinto o sol causticante queimar minha pele
Raios amarelos dilaceram meu corpo esfarrapado, cansado
Lambo o suor do meu rosto.
Sinto sede, sede! Sede! Quem irá saciar a sequidão da minha garganta?
Areia fofa, areia quente, areia branca, branca... tão branca!
Meus pés ardem, vozes se misturam a minha insanidade
Quero um oásis! Um oásis! Um oásis!
o deserto..está Simplesmente deserto!!
Aqui estou aqui irei continuar onde você me deixou
Se lágrimas houvesse as tragaria com suor
Mas continuo sentindo sede e roendo as pontas das minhas unhas
Quebro os ponteiros do meu relógio e deixo passar o tempo
Sem contar.
Esconjuro a malícia dos raios que teimam em queimar minha cabeça
Culpo mais uma vez ao inconseqüente órgão traiçoeiro que denominam coração
Antes não o tivesse! Antes não o escutasse! Não haveria solidão.
Ouço o compasso dele viajando por minhas veias
Tento parar sem conseguir. Esquecer será minha vitória.
Sentado aguardo uma volta, A minha volta, a tua volta!
A tua! Só tua vontade para eu ser feliz!
Enquanto não vens, enquanto não me salvas de mim,
Enquanto o sol não me mata, meus delírios não me consomem,
Vou sucumbindo pouco a pouco em finas taças de vinhos .

Mara laurentino