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domingo, 27 de dezembro de 2009

Adeus papai Noel!




Quem dera que nossos sonhos fossem realizados
ao menos uma vez ao ano
E que essa vez fosse o natal
Quem dera que existisse mesmo papai Noel e ele realizasse todos
os nossos desejos ou quase todos
Já acreditei nele quando criança me decepcionei
Ele nunca deu as caras em minha casa
Nunca deixou um presente em minha árvore
Ah, eu não tinha árvore, mas não era motivo pra ele não vim
Eu era criança, mas não tinha presente, não tinha ceia, não tinha papai Noel,
Não tinha natal!
Esperava, chorava, dormia e nada de papai Noel
Sentia o cheiro do peru assando na casa do vizinho
Quem sabe o papai Noel trouxesse um de presente, unzinho só!
Ai eu teria ao menos uma ceia, não iria dormir com fome na noite de natal
Nada! Nada! Nada!
Foi quando me abriram os olhos, oh menina papai Noel não existe!
Então nunca mais o esperei, nunca mais pedi presente
Cresci e já não acredito que ele existe, disse adeus papai Noel!
Hoje ganho presentes no natal
Hoje tenho ceia no natal
Hoje sou feliz nos natais
Hoje comemoro o nascimento de Jesus

Mara Laurentino

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O cheiro da morte





Sinto a vida esvaindo por entre os meus dedos
A morte se aproxima e eu sei, sinto seu odor de enxofre
Meu coração já sangra pelo esperado e minha alma entra em agonia
A dor supera minha consciência, qual punhal forjado no fogo
e cravado no meu coração
Ai de mim por sentir-me frágil! Ai de mim por não querer correr ou não poder!
Quem entenderá? Quem poderá medir a extensão do que se passa dentro do meu eu?
Ingrata! Mil vezes ingrata e injusta vida!
Deste-me de ti o melhor por só um minuto, e já vens e queres roubar-me?
Subtrais assim o mais belo de mim só restando à escuridão!
Não consigo ver essa tão falada luz no final do túnel, como os outros vêem!
E ela vem! Ouço o trotar do seu cavalo e sinto em minha pele o gume
da sua foice.
Repugnância eu sinto por surpreender-me!
Mil vezes desconjuro tua traição!
Seria melhor não ter vivido nada do que viver e sentir a doce
Ilusão de um amor e ser tragado tão cedo por tuas mãos!
Mas se tens que vim que sejas rápida, pois não tenho outra solução
a não ser segui-te
Acabará então minha agonia e o ultimo fio de esperança se romperá.

Mara laurentino

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lamentos de solidão


Lamentos de solidão
===================
Hoje eu acordei triste
Triste, muito só e sem entender
Vazia está a minha alma
Tão vazia que chega a doer
A brisa que toca em meu rosto
Parece mais palmada a me bater
Cinza, tornou-se o dia e o céu nublado
E a dor falou mais alto em meu ser
Saudade me apresentou a solidão
E a ela dediquei o meu sofrer
Porque sentir saudades?
Porque este querer?
Entendes de uma vez oh coração!
Eu vivo agora, simplesmente por viver!
Quando se foi, levou também minha existência
Qual sugador da alma alheia se apossou
E lágrimas, misturadas à dor da saudade
Foi tudo quanto ele me deixou
Nestes lamentos, canto a dor da solidão
Para aplacar a ferida deste adeus
Qual andarilho solitário no sertão
Canta pra lua, todos os lamentos seus

Mara laurentino

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Com o canto do grilo


Vai-se a noite, a noite se vai com o canto do grilo
Vão-se os dias, os dias se vão perdendo o brilho
Os dias que passam, aumentam mais esta saudade
Sozinha na noite, em trevas se faz a realidade
Saudades que vai, saudades que vem
O amor foi embora, no rastro dos sonhos que ele tem
Ele foi com a noite, a noite tremenda, escura e fria
Com o canto do grilo, também foi para sempre
aquela magia
Os dias que virão, serão agora de puras lembranças
Do sereno da noite, do canto do grilo, da minha esperança

Mara laurentino

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Poeta sonhador


Aquieta-te minha alma
silencias coração!
Sou sonhador, e dos sonhos vivo
Sou poeta amador.
Metade de mim está contigo
Outra metade, com os sonhos se vai
Viver pra mim é puramente uma viagem
Portanto não queira trazer a realidade,
dela não quero saber,
e não saberei
Esqueço aqui outras duras verdades
De sofrer, também não quero entender,
E não entenderei
Teu grito è tão agudo e insistente
Porém não vai me comover
A vida, já me ensinou a ser displicente
A não escutar lamentos ou choros,
De alguém como tu, alma carente!
Seguirei meu rumo, meu caminho
Sem de ti prestar atenção
Escreverei os meus devaneios
e deixarei fluir os mundos
Onde habita a minha ilusão
Sou assim, poeta amador,
sonhador
Nos sonhos eu vivo, deles viverei
Fugindo pra sempre da realidade
Onde criei meu mundo, e lá, eu sou Rei.

Mara Laurentino

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Contemplação


Contemplo teu corpo adormecido
Alvo como a luz do amanhecer
Em um mundo de sonhos,
encontra-te perdido
Tal qual um deus, ou supremo ser
Admiro tua beleza estonteante
A maciez da tua pele, teus cabelos
Em ti repousa a certeza de um poder
constante
É pra mim contemplação, é um querer
e bem querer
Nas frestas dos teus olhos semi-abertos
Revelam-se, todos os segredos teus
Abrem-se então duas janelas
Que são as perolas, do teu olhar dentro
do meu
Acendem as luzes da alvorada
Em teu corpo o sol vejo refletir
Permaneço em meu canto assim calada
A contemplar, teu formoso perfil
a me sorrir.

Mara Laurentino

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Só para te amar




Você entrou em minha vida
Em um lindo dia de verão
Sarou todas as feridas
Do meu pobre coração

Transformou as noites tristes
Em um belo amanhecer
Trazendo o sol e clareando
Para sempre o meu viver

Encontrei no teu sorriso
Sentido para os dias meus
Felicidade quando encontro
A meiga luz dos olhos teus

Você meu anjo de candura
Raios de sol, ao alvorecer
Minha fonte inspiradora
Meu alento, meu viver

Em ti encontro a pureza
E a beleza dos meus dias
Você é o sol da minha vida
A razão da minha alegria

Encontrei no teu amor
Forças para o meu lutar
Deus te enviou ao mundo
Só para eu te amar

Mara Laurentino

Menino me leva



Menino, brejeiro, faceiro
Leva-me contigo para passear
Por entre estrelas cadentes
Solta no céu a voar

Menino, moreno, menino
Leva-me contigo para navegar
Por ente espumas branquinhas
Lá bem no meio do mar

Menino, lindo, formoso
Eu quero contigo ficar
Leva-me durante a noite
Amas-me, até o dia clarear

Menino, dengoso, cheiroso
Embriaga-me com teu amor
Sou tua semente brotando
Sou tua menina em flor

Mara Laurentino

Uma donzela




Na rua lá de casa
Mora uma donzela
Quando ela passa
Eu fico de olho nela

É tão bonitinha
Aquela donzela
Toda enfeitada
Com saia amarela

Na rua lá de casa
Passa uma donzela
Ela olhou pra mim
Eu já tava de olho nela

Com laços de fita
E flor amarela
É tão bonitinha
Aquela donzela

Toda enfeitadinha
Oh linda donzela
Eu já estou doidinho
É pra beijar ela

Mara Laurentino

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Fiz uma canção



Fiz uma canção,
Pra te falar, de amor
Nas letras coloquei,
Um pouquinho de esperança
Um pouquinho de ternura,
Uma pitada de calor
Fiz uma canção
Pra provar quanto te quero
Você é o sal da minha vida
Meu pedacinho de céu
É tudo que eu anelo

Fiz uma canção,
Em tua homenagem
E nessa linda música,
Por você criei coragem
Pra te falar em dó maior,
No si também no sol
A força das
Minhas verdades
Fiz esta canção
Mesclada com poesia
Pra dizer que eu te amo,
Com essa doce melodia

Fiz uma canção
Só pra ver se você gosta
Chama-me pra dançar
E comigo se enrosca
No meu corpo assim colado
Com o tempo não se importa
Nas notas de amor
Então se aconchegas
Em meus braços carinhosos
Apertas-me e me beijas
Sou teu cantor poeta,
Eu sou tua lua sertaneja

Mara Laurentino

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Poeta por acaso



Tornei-me poeta por acaso
Consegui passar pro papel
As vitórias e também
Os fracassos
Em versos e prosas,
Toda dor transformei
Coloco nas linhas,
Os meus sentimentos
Onde falo de amor
E de histórias também
Consagro assim
Os meus doces momentos
Ao mundo dos sonhos
Que os versos têm

Tornei-me poeta da vida
E por acaso coloco em papel
Um coração sarado das feridas
E nas linhas vou traçando
Meu pedaço de céu
É neles que esqueço
Momentos passados
E assim vou vivendo
Meus sonhos a escrever
Pondo nas linhas
Desejos guardados
Renovando a esperança
A cada alvorecer.

Mara Laurentino


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Eu gostaria






Eu gostaria
De falar das flores
Falar das cores, dos amores
Do céu e do ar
Eu gostaria
De declamar poemas
Falar das estrelas, da beleza
Que no universo há.
Eu gostaria
De falar do cedro,
Eucalipto, imbuia, jacarandá
Eu gostaria
De falar, dos frutos da macieira
Do pessegueiro, das oliveiras,
Do cajá!
Quem me dera,
Que palavras houvesse
Em que pudesse me expressar
Falar da vida,
Das experiências vividas
Da inocência contida
Em uma criança a brincar
Falar do arco-íris
Das nuvens branquinhas,
Dos golfinhos, das ondas do mar
Tudo isso quem dera
Eu pudesse te falar!
Descreveria pra ti
Os meus sonhos guardados
E com palavras belas
Te traria ao meu lado
Te mostraria assim, quanto é belo
O meu sonhar

Mara Laurentino

sexta-feira, 17 de julho de 2009

SAUDADE NORDESTINA



SAUDADES DA MINHA TERRA
DO SOL CAUSTICANTE
DA AREIA DO MAR
DO VERDE DAS MINHAS SERRAS
DO CANTO DO SABIÁ
SAUDADES, DO MILHO VERDE
DA TAPIÓCA, DO MANGUZÁ
DA ÁGUA DOCE DO CÔCO
PÉ –DE- MOLEQUE, MARACUJÁ

SAUDADES, DAS BELAS PRAIAS
QUE EU GOSTAVA DE VISITAR
BOA VIAGEM, OLINDA, RIO DOCE
E TAMBÉM ITAMARACÁ
QUE SAUDADES DA MINHA TERRA!!
QUE SAUDADES DO MEU CHÃO !!
SE EU NUNCA MAIS, AÍ VOLTAR
TE GUARDAREI TERRA BONITA
PARA SEMPRE NO CORAÇÃO

Mara Laurentino

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Igual gazela




Igual uma gazela corri
Para em teus braços ficar
Filhote carente de ninho
Encontra a luz, do teu olhar

Recolhe-me, eu estou sozinho
Querendo me aconchegar
Em teu corpo, encontro carinho
E conjugo o verbo amar

Retiro de ti a essência
No beijo com sabor de maça
Te trago colado no peito
Em abraços de mel e hortelã

Envolves-me em doces afagos
Querendo comigo, adormecer
Eu qual gazela, lépida, faceira
O teu aconchego não vou esquecer

Mara Laurentino

Fechando a janela



Hoje vi da janela do meu carro
Criança suja no farol
Querendo do pão um pedaço
E da vida um pouco de sol
Vi quando de outro se aproximava
A bater-lhe na janela então
Pedindo um pouco de moeda
Ou mesmo alguém que lhe
Estenda a mão
Cruel foi naquele momento
Esse alguém sem nenhuma
Compaixão
A fechar-lhe a janela na cara
Sem sequer, lhe dá atenção
Veio a mim naquele momento
A dizer-me coisas assim
Eu não queria ser um pedinte
Mais não tenho quem cuide
De mim
Eu sou só, uma criança
E tenho sonhos também
Eu queria ter uma casa
Estudar e ser homem de bem
Não quero matar nem roubar
Só que a vida, me jogou aqui
Por isso, de mim não tenhas medo
E não feches a janela pra mim.

Mara laurentino

terça-feira, 16 de junho de 2009

Nostalgia





Rasga-se dentro de si o coração
Grita à alma, o peito dilacera-se em dor
Ouvindo as notas tristes da canção
Em melancólicas, histórias de amor
Saudade é pra sempre o que lhe resta
Em nostalgia seu tempo ver passar
Há se pudesse voltar em dias antes
E esta saudade do seu peito arrancar

A brisa acaricia o seu rosto
Em lágrimas, seus olhos estão á debulhar
A velha vitrola contém todo seu passado
Há que saudade, do tempo que não voltará
Lembranças vêm, tal e qual um grande fantasma
Que continua pelo o tempo a lhe assustar
Há se pudesse voltar em dias antes
E esta saudade do seu peito arrancar

Mara Laurentino

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Beija-flor




Beija-me, com teus beijos quentes
Com tua boca ardente
E faze-me enlouquecer
Qual um beija-flor suga o meu néctar
Abraças-me e me apertas
Até o anoitecer
Beija á flor do meu jardim
Recolhe para ti, o mel da minha flor
E adoça então, a minha boca louca
E no céu da minha boca
Guardas, o mel que há em ti
Beija-me, oh beija-flor
Que com teus beijos ardentes
Serei eu então pra sempre
Revestida de amor
Do meu jardim então, terei pra ti somente
O orvalho e o doce néctar
Da linda flor do beija-flor

Mara laurentino

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Vou correndo, vou ligeiro



Vou correndo vou ligeiro
Encontrar o meu amor
Sai da frente oh menino
Que eu vou que vou
Vou à Índia ao Egito
Ou no alfaganistao
Eu vou lá ao fim do mundo
Encontrar meu coração
Eu vou, eu vou
Vou correndo vou ligeiro
Encontrar o meu amor

Vou cortando os sete mares
Ou no rabo de um cometa
Encontrar o meu amor
Onde ele quer que esteja
Vou depressa vou voando
Neste imenso céu azul
Com um pé, bem lá no norte
E o outro já no sul
Eu vou, eu vou
Vou correndo vou depressa
Encontrar o meu amor

Vou correndo vou ligeiro
Com o coração na mão
Encontrar o meu amor
E lhe cantar uma canção
Vou seguir minha jornada
Aonde mais preciso for
Aqui na terra ou lá no céu
Vou encontrar o meu amor
Eu vou, eu vou
Vou correndo vou depressa
Encontrar o meu amor

Mara laurentino

Temporal




Cai a chuva forte
inundando toda terra
Olhar medroso fugaz
de uma janela
Gente que corre,
gente que foge
e gente que morre
O dia que vira noite
tamanha escuridão
Relâmpagos cortando os ares
Mesclados, com o ribombar
dos trovões

Pobre da minha gente
perdidas no temporal
Água chegando aos ombros,
tristeza morte fatal
São Pedro abriu as portas
sem nenhuma compaixão
Sem lembrar que aqui na terra
é o mês de são João
Jogou água lá de cima
como fosse pra lavar
Os pecados que ainda
não tive tempo pra pecar

Ai de ti minha Luzia
que com a seca
você chorou
Já veio água mais de um dia
e a você ela matou
Inundou a tua casa
e também o ribeirão
Te levou pra outro mundo,
quando mudou a estação
Que Deus pare essa chuva
ou mande devagar
Que eu pedi foi pra chover
não para nos matar

Mara Laurentino

terça-feira, 26 de maio de 2009

A porta




Por ela passou e não mais voltou
Com o vento do outono se perdeu
E ela ali continuou
surda, muda, estática
Na chave, na tranca, ou cadeado
Insensível a qualquer sentimento
E com os anos não envelheceu
Olhei tantas vezes por suas frestas
Só pra ver se voltava meu bem
Mais nem aí ela estava
e assim continuava
Como uma porta que vai e vem
E o que importa para uma porta
Tem-se amor ou se não tens
Continua ali parada, sem ter rumo
Sem ter nada, é só mais uma porta
Por onde passou o meu bem

Mara Laurentino

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Quem é você




Quem é você que chega de mansinho
Com tanta meiguice no olhar
Enche minhas noites de carinho
E transforma meu deserto em um mar

Quem é você que vem em altas madrugadas
E das escuras noites vem meu ser iluminar
Perfuma então todo o ambiente
E espalha um doce aroma pelo ar

Quem é você oh sublime sentimento
Que faz vibrar o mais duro dos corações
A ti se rendem os que se julgam fortes
A ti se dobram os maiores campeões

Quem é você a quem tantos se dedicam
E por você esquecem qualquer dor
Da vida errante até muitos abdicam
Só pode ser você, o verdadeiro amor

Mara Laurentino

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Sem sentidos


Emudeço e permaneço feito estátua
Paralisa-se minha alma em agonia
A dor que dilacera meu intimo
Corrói meu ser e questiono-me porque
Perdido em meio à selva do pensar
Outra vez sem sentidos me deixei levar
Por promessas vagas e vazias
Confesso, talvez quisesse mesmo me enganar
E no vazio em que me encontro hoje
Só me resta outra vez te esperar
Sem promessas sem futuro sem garantias
O que eu faço nesta vida a não ser só te amar
Foste como pássaro livre e solto
Cortando o infinito a voar
Fiquei mais uma vez a tua espera
E ai de mim, que só vivo a te esperar
Deixa ao menos que nos sonhos eu possa
Por este mundo contigo caminhar
Terei então pra sempre tua companhia
Que faço eu, a não ser assim sonhar

Mara laurentino

Vesos nas estrelas


Versos nas estrelas
-----------------------------
Joguei-me aos teus pés
Em plena adoração
Te pus em meu altar
Com toda devoção
Te falei de coisas belas
Do céu e das estrelas
Te declamei poemas
Em plena lua cheia
Lancei então meu charme
De rapaz encantador
E em versos e prosas
Te falei do meu amor

E tu com olhos de ternura
Fizeste-me acreditar
Que era eu teu homem
E que ias me amar
Levaste-me pela mão
Nas nuvens a andar
E lá no infinito,
Bem entre as estrelas
Eu estou pra sempre
Meus versos a declamar

Mara Laurentino

terça-feira, 12 de maio de 2009

Quando


Quando a noite chegar
e o dia escurecer
Olhas para o céu
e lembra-te do criador
Quando o dia raiar
e das flores sentires o perfume
Agradeces por mais
um dia que raiou
Se em meio ao temporal
a tristeza quiser ti assolar
E as trevas te perseguirem
olha para cima o socorro esta lá
Quando tudo te parecer
que perdido já está
A esperança não pode morrer
um novo dia há de raiar

Se a felicidade no caminho
você demora encontrar
Olha nas pequenas coisas
que ela também há de está
Quando pensares que não tem mais jeito
e tua vida não tem solução
Não desista dos seus sonhos
segue com Deus no coração
A vida é feita de renuncias
mais de surpresas também
Os teus projetos são preciosos
e logo a recompensa vem
Não desista da tua luta
ela é tua e de mais ninguém

Mara Laurentino

Espera um pouco

Espera amiga minha
Vou correndo te encontrar
Nada mais me impede
Irei agora te amar

Vou rápido ansioso
Para ver os olhos teus
Enlaçar tua cintura
Sentir teu corpo junto ao meu

Espera amor meu
Eu vou com toda pressa
Irei cheio de ternura
Te encontrar que à hora é essa

Espera mais um pouco
Só mais um minutinho
Vou levando meu amor
E também o meu carinho

A noite está escura
Mais não me perco na estrada
Vou correndo vou agora
Encontrar a minha amada

Mara laurentino

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Homenagem para minha mãe





Mãe eu quero te falar
O que vai ao meu coração
Nesta data que é o teu dia
Comemoro com grande emoção
Pois tu és a fonte do meu saber
amor maior que o teu não há
És a razão do meu viver
és a luz do meu caminhar

Quando Deus permitiu você nascer
ele sabia que vinhas cuidar de mim
Me amar e educar
me fazer muito feliz aqui
Tu és pra mim um anjo lindo
que ele me presenteou ,
entre as rosas tu és a mais bela
a obra prima do criador

Minha mãe em ninguém encontro,
um amor igual ao teu,
por isso hoje presto esta homenagem ,
pra mim tu és um anjo, enviado pelo bom Deus
Que Deus te proteja sempre
e lhe conceda as bênçãos que há de te dá,
te faça muito feliz com todas
as mamães que aqui está
e que todo dia, seja Sempre teu dia
para eu te homenagear, !

Te amo mãe querida
com toda minha devoção
por isso aceites agora esta singela
homenagem, que vem de dentro do meu coração
é a prova do amor sincero que te dedico,
e da minha grande admiração
Feliz dia das mães hoje e sempre!

Mara Laurentino

Dia das mães






Mãe palavra doce e meiga,
Quem te inventou estava mesmo inspirado
Pois você é um anjo que está sempre ao meu lado
Como posso expressar todo o amor e a minha admiração?
Como posso retribuir em palavras este amor inigualável
que guardas em teu lindo coração ?
Às noites em claro ou mal dormidas, as angustias que passastes nesta vida
Quando eu adoecia, você pensava que eu não iria sobreviver.
O leite que de ti jorrava para ser meu alimento,
As histórias que contavas mesmo sem meu entendimento
a tua voz me acalmava e me fazia adormecer.
Quantas vezes em meio à noite  enquanto eu dormia
Você velava o meu sono com todo amor que tu sentias
E vendo a calma do meu sono só assim adormecias
Como a ave com seu filhote, voce assim me protegia
Teu carinho me fez forte iluminando os meus dias
Mãe hoje estou crescido, mais não tão crescido assim
Sei que ainda de ti preciso por isso quero você juntinho de mim
Quero te amar e te honrar enquanto eu aqui viver
Pois você mãe é minha melhor amiga, é a fonte do meu saber
Encerrando minhas palavras quero agora te ofertar
Nesta data tão bonita para te homenagear
Ofereço meu amor e toda a minha devoção
Pra você mãe querida dona do meu coração.

Mara laurentino






sexta-feira, 1 de maio de 2009

Magia da valsa




Sonhos doces que me levam
aos meus desejos realizar
Como um doce e suave encanto
do som da música no ar
Vejo e revejo-te ali amada,
como estivesse a levitar
Na dança leve e solta
pelo salão a rodopiar
Nuvens de encantos ti cobrem
como o som que estais a bailar
E tuas vestes alvas e finas
a leve brisa insinua tirar
Vejo-te com olhos de menino arteiro,
que em teus braços almeja estar
E ao compasso da valsa ressoa
o som deste teu rodopiar

Teu perfume doce se espalha
no salão fazendo- me sonhar
É linda princesa dos meus pesadelos
Dos contos de fadas
das mil e uma noites,
historias antigas que já ouvi contar
Leva-me contigo por todo salão
nesta melodia que está a tocar
Na tua cintura eu prendo minhas mãos
querendo no sonho contigo voar
Permitas então que eu sonhe pra sempre
e meu coração fique junto ao teu
E nessa valsa suave, contigo eu dance
e que os teus olhos ilumine os meus
Pra sempre então na magia do sonho
tu venhas comigo apreciar
A beleza e magia dos doces encantos,
que é bailar entre as estrelas
e no céu flutuar

Mara laurentino

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Labirinto




Guardei minhas lembranças
neste velho baú
Tuas cartas perfumadas
e tudo que me lembrasse de ti
Fugi então pelo labirinto
pensando eu em não mais te ver
Cada vez eu me afastava
entre paredes eu me encontrava
Corria fugia e no mesmo caminho
de volta eu andava
E lá estava você
Cruzei fronteiras da desilusão
e em estradas me perdi
Neste escuro labirinto
tanto medo eu senti
caminhei por entre rochas
Com pavor de te encontrar
mais nas estradas
em que eu passava
Olhando pra traz eu te avistava,
pois em meios aos pensamentos
Você também estava lá

correndo contra os sentimentos
sem querer acreditar
Que perdia a cada momento
o caminho de voltar
eu me afastava e retornava
Pra no mesmo lugar ficar.
igual redemoinho, rodando sem parar
de longe eu só olhava
se você estava lá
Como teia de aranha
minha cabeça deu um nó
deparei-me neste labirinto
Perdido, tão triste e tão só
com minhas velhas lembranças
arrancadas do baú
Como se tiradas a forças
e eu me sentindo nu,
sem minha velha carcaça
Sem noção do norte ou do sul
Corri entre as velhas paredes
deste meu mundo de ilusão
Voei com asas de águia
na minha imaginação
Com medo de ter perdido os meus sonhos
quis de novo te encontrar
E sai deste labirinto,
ainda bem, você estava a me esperar

Mara laurentino

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mãe, anjo disfarçado de mulher




Mãe é senhora dos meus sonhos
Do caminhar é a minha luz
Anjo disfarçado de mulher
Invenção do próprio Jesus
Amiga mãe, mãe amiga
Nas horas de tristeza e agonia
Veste-se com armadura de amor
E transforma toda dor em alegria

Pássaro que guarda os seus filhotes
Embaixo de suas asas como proteção
Mulher, amiga, mãe desprendida
Dos valores matérias desta vida
O seu tesouro é o grande coração
Nele guardas todo amor e todo carinho
Que só mesmo uma mãe pode ter
Protege com afeto seus filhinhos
E usa até o sétimo sentido
Dizendo o que vai lhe acontecer

Advinha fada ou feiticeira
Ninguém sabe ao certo o poder que ela tem
Mais belo é o seu olhar materno
E quem guarda seus conselhos
Geralmente se dá bem
Mãe mulher, amiga mãe
Pra ti hoje nesta data de valor
Te ofereço esta singela poesia
Que é o fruto da minha admiração
E a prova fiel do meu verdadeiro amor

Mara Laurentino

domingo, 19 de abril de 2009

Mãe a força do ’verbo’ amar


Mãe a força do ’verbo’ amar
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Mãe natureza, mãe terra,
Mãe selva, pedra forte
Do vento da terra
foste criada também
Mãe lua, mãe dos mares
das serras, forte como a chuva
És ferro ouro prata
É mãe de todo ser, mãe do além
Em mil palavras tua espécie
deseja te homenagear
E juntem-se a mim sábios
letrados e poetas para falar de mães
Este ser iluminado em um corpo
de uma frágil mulher
Porém há de ser sempre
por muitos homens invejado
Pois é do ventre de uma mulher
que um filho há de nascer
Mãe de todos nós
Mãe desta grande nação,
és bendita
É a luz da nossa inspiração
E homens do mundo inteiro
que da ciência compreendem
Em saber são os primeiros
mais de mães nada entendem
Porque Deus fez gerar
E então nascer seu filho
Logo de um ventre de mulher,
com a graça e sabedoria
Na humildade de Maria
nasceu Jesus de Nazaré
Consagrado então foi este dia
para das mães poderem falar
E sem falsa demagogia
também quero me expressar
Mulheres virtuosas
aonde mais irão te encontrar
A não ser nos versos ou nas prosas
Nas escritas de um velho
dicionário que explica
A palavra mãe significa
toda a força do ‘verbo” amar.

Mara Laurentino

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Olhando as estrelas





Olhando a noite clara
vejo nas estrelas
Teu lindo olhar
Cubro- me com um véu
De nuvens finas
e lá no alto me ponho a pensar

Alonga-se a noite
E triste,
vejo o tempo como estivesse a parar
A dor dilacera, minha alma
não vejo as horas passar

Continuo a te esperar
como a mãe espera o filho
como a noite espera o luar
Assim canto o cântico
de Salomão, és linda
amiga minha, és linda
como a flor do maracujá

E lá vem ela com a beleza
da primavera,
majestosa, como o brilho do luar
me envolve então
com a magia do seu canto
e a luz do seu olhar

Viajo em plena noite
e em sua luz me vejo a plainar
no coração a alegria inocente
tal qual menino, que vive a brincar

És pra sempre rainha dos meus sonhos
aos teus pés meu coração depositei
Já escrevi teu nome em minha veia
com meu sangue em minha alma te tatuei

agora me leva logo contigo
e para sempre escravo teu
Eu ei de ser
te vestirei com os mais alvos vestidos
e com raras essências,teus cabelos lavarei
Serás então assim minha rainha
esta noite pra sempre bendirei
Serei feliz igual pássaro de volta ao ninho
E nos teus brilhantes olhos
para sempre me eternizarei.

Mara Laurentino

segunda-feira, 30 de março de 2009

Fome nordestina

 
 
 
 
 
Fome nordestina

Esquecer momentos ruins, bem que eu gostaria.
Aquela infância triste, aquela vida vazia
A fome que me maltratava, meu estômago que doía.
Um dia antes começava o conhecido terrorismo
 Quando o meu pai falava baixinho,
ou até mesmo no grito, Que amanha trincasse os dentes,
pois de comer nada havia, e comida não tinha mesmo
o jeito era ficar de barriga vazia.
Eu e meus irmãos assim, passávamos o dia chupando o dedo
Naquele inferno de vida, naquele desassossego
Às vezes tinha água na jarra, às vezes água não tinha
Para ter água para beber, só no poço da vizinha
Mais a fome era tanta, que coragem ninguém tinha.
Mesmo assim eu consegui crescer nesse horrível ambiente
Magra que só um caniço, na cara só se via o nariz e os dentes
Infeliz, complexada, sonhando em um dia também ser gente.
E quando em criança a fome eu não aguentava
então abria a boca e para o mundo eu gritava
tou com fome! tou com fome! tou com fome!
E meu pai assim falava, cala a boca ou menina!
para com essa história, se não eu vou aí e entras na minha sola!
Ou seja, o cinto de couro ou o galho da goiabeira,
quando bate na tua pele, ela toda se esfola.
Agora a vida mudou, consegui tudo que eu queria
foi preciso vim para o sul e deixar aquela vida vazia,
fome já não passo, hoje são felizes os meus dias.

Mara laurentino

quarta-feira, 25 de março de 2009

Noite enluarada





Quando o sol se esconde
e a grande lua aparece
lá no céu do meu sertão
Em seu cavalo negro,
lá vai o sertanejo
com a viola na mão

Cantar suas cantigas
ao redor de uma fogueira,
recitar suas poesias para
as meninas faceiras
E bendizer a mestra lua
por iluminar todo sertão

Lua cheia e redonda
que enfeitiça os namorados
com seus raios prateados
Tu és a inspiradora das canções.
É inspiração para os poetas,
mesmo quando está discreta
pois aqueces os corações

Lua nova ou minguante
que clareias de tão distante
este nosso grande sertão
Ilumina o sertanejo,
que cantar é o seu desejo
na sua imensa claridão

Lua dos enamorados,
solteiros ou casados,
nos cobre com teu grande véu
Linda, grande, imponente
é rainha e para sempre
vai brilhando lá no céu

Mara Laurentino

sábado, 21 de março de 2009

Uma serenata para Manoela




Vou fazer uma serenata na janela de Manoela
Vou cantar a noite toda e tirar o sono dela
Vou jogar lá no seu quarto uma rosa amarela
Um perfume de almíscar, uma flor da primavera

Vou contar todas as estrelas com a minha voz em alto som
Pra chamar sua atenção e ver se ela acha bom
Vou fazer uma serenata na janela de Manoela
Só pra ver se ela vem e eu dou um abraço nela

Vou entregar a Manoela toda minha devoção
E levar sua candura dentro do meu coração
Mais se ela aceitar e também quiser ser minha
Levarei minha Manoela para ser minha rainha

Mara Laurentino

quinta-feira, 19 de março de 2009

Tuas verdades

Vem logo e me fala tuas verdades
Que eu já não sou teu grande amor
Prefiro viver, somente a realidade
Por dura que seja me faça o favor

Amor é sentimento de entrega
E á ti, entreguei meu coração
Se já não me amas da mesma forma
Então de ti, abrirei minha mão

Serás feliz, ao lado de outra pessoa
E eu, meu caminho irei prosseguir
Por tanto, fala as tuas verdades
E em paz para sempre, ti deixarei ir

Fala-me o porquê tu já não me amas
Porém eu te peço, não tenhas dó
Eu quero ouvir, tuas ultimas verdades
Mais não me deixes aqui,
tão triste e tão só

Vai para sempre, segue o teu caminho
Que o meu caminho eu também seguirei
Na vida já sei, que nas rosas há espinhos
Só ficas sabendo, que te amar como eu
Só eu mesma te amei

Mara Laurentino

Ao acaso


Ao acaso vou fazendo um poeminha,
colocando letras nas linhas
E vou tentando rimar
Se por acaso sair poema de amor
E não gostares, por favor,
não precisa vim me criticar
Eu sei e conheço os meus defeitos,
para fazer poemas,
tem que se escrever direito,
mais sou atrevido
e estou sempre a tentar
Falar de amor, pra mim é o tema principal
é o sentimento que acho mais belo
E também mais natural
E ao acaso jogo meu pensar ao vento,
deixo fluir meus sentimentos
E começo a poetar
E das letras e dos sonhos
nasce a minha alegria
esqueço o labor do dia a dia
e vou espalhando o amor no ar
Ao acaso nasceu esta minha escrita
se você não me acredita,
posso te jurar
Que por acaso, nesses versos
eu suplantei minha tristeza
e hoje vivo á beleza
do amor poder falar

Mara Laurentino

segunda-feira, 16 de março de 2009

Minha Rosa


Cai à noite na rua
Estrelas no céu a brilhar
Também me aparece a lua
E rosa estou a esperar
Aqui no banco da praça
O tempo parece brincar
Brincar de esconde a lua
E rosa estou a esperar
A noite passa depressa
E o dia já vem clarear
Sentado no banco da praça
Minha rosa estou á esperar
Das rosas que vejo tão lindas
Vermelha, amarela que há
Minha Rosa é á Rosa mais bela
A Rosa que estou á esperar

Mara laurentino

Juramento de amor


Minha mão foi ao encontro da tua,
macia, suave, carinhosa
Envolvestes-me com serenidade
no teu perfume de rosas
Na calma noite de outono
me levaste a caminhar
Por sobre a areia branquinha
sentindo o cheiro do mar

Fizestes um juramento
também me fizeste jurar
E sob a luz das estrelas
juramos então nos amar
Nossos corpos então delirantes
conjugaram o verbo do amor
Sentimos o milagre da vida
a vida com todo calor

Teus olhos revelaram o universo,
de tamanha felicidade
À noite nos trouxe a certeza
de um grande amor de verdade
Brindamos então a mãe lua
Por tamanho esplendor
E felizes cantamos na rua,
celebrando nossa noite de amor

Nossas mãos já não se separam
tamanho é nosso elo
Que nossas vidas tornaram-se poesias,
sinonimo de um amor sincero
E outras noites que venham
e tragam uma doce recordação
Mais desta guardarei saudades,
dentro do meu coração
I
Mara laurentino


domingo, 15 de março de 2009

A maternidade


A maternidade
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Abençoado seja esse ventre
Que a vida carrega dentro de si
Essa pequena alma inocente
Sei te fará, muito mais feliz aqui
Abençoada seja tu, mamãe querida
Que Deus em ti fez refletir
A essência do amor maior do mundo
Que é a vida que está dentro de ti
Que encontres na maternidade
A força para o teu crescer
E juntos mãe e filho sempre unidos
A cada dia em paz procure viver
Essa pequena vida que carregas
Dentro deste ventre teu
É o fruto do teu grande amor
E a obra prima do grande Deus

Mara Laurentino

quarta-feira, 4 de março de 2009

Tortura da espera


Tortura da espera
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Mata-me depressa,
mais não me deixes aqui tão só
a te esperar
O frio já me consome,
e a alma jaz inerte dentro do meu corpo
Então vem e crava logo em meu peito
teu afiado punhal
Deixa que eu descanse na paz do meu sepulcro
essa minha vida irreal
Encontrareis então no gotejar do meu sangue
a tua salvação.
E livre tal e qual uma borboleta para sempre vais viver
na vastidão do teu mundo
Surreal
Agora não temas por mim,
só não me tortures a te esperar,
que a espera me é pior que a morte,
ou o inicio da minha vida infernal
Vem e suga minha alma se te é aprazível fazê-lo,
sim suga com toda sua essência
e se virtudes houver,
mais não fiques com teu silencio
sem nada querer dizer,
entra logo a ferir-me, pois bem sei é o teu desejo
se coragem é o que te falta
olha dentro dos olhos meus
então verás, que pra mim é melhor a morte
que este silencio teu.


Mara laurentino

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Igual vampiro


Igual vampiro
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Levantei-me então, da minha tumba fria
Para outra vitima, inocente procurar
A sede é tanta quantos anos eu dormia
Permita agora, que eu venha me saciar

Que eu sinta, o morno cheiro do teu sangue
E qual vampiro, eu morda tua jugular
O sangue quente, correndo entre minhas presas
Devagarzinho, sem te fazer sofrer, e sem te maltratar

Viajo então no universo já conhecido
Que á beleza do corpo que Deus te deu
Saciando assim a minha grande sede
No teu morno sangue que agora também é meu

Envolvo-me no cheiro puro do teu corpo
Entre meus braços te sinto adormecer
E saciado então da minha sede
Fujo depressa antes de o dia amanhecer

 Mara laurentino

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Eu quero simplesmente


Eu quero simplesmente
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Eu quero simplesmente mergulhar
Na verdejante luz do teu olhar
Viajar na imensidão dos olhos teus
E todos os teus mistérios desvendar

Navegar na grandeza desse teu céu
E na tua boca derramar todo meu mel
Eu quero para sempre t e amar
E todos os dias  poder te encontrar

Colher o orvalho das flores nas manhãs
Te banhar no doce aroma, dos pêssegos e das maçãs
Explorar todo ser, com a minha emoção
Te prender te exilar e para sempre te deixar
Dentro do meu coração.

MARA LAURENTINO

Só mais uma vez!


Só mais uma vez!
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Senti o teu olhar frio como um mármore
Quis te questionar o porque
O gelo com que me olhaste
Fuzilou minha alma, e então entendi...
Era o fim de um amor e começo do meu padecer
Afinal, essa história durou muito
Mais o muito que te quero, só me faz sofrer
Acaba um sonho, sim acaba, sem nada, sem porque
O mal que te fiz, foi amar-te tanto, e tanto foi o meu querer
Que da tua vida eu fiz a minha e do teu viver o meu viver
Peço-te tão somente, que não se vá tão depressa
Que me escute, só mais esta vez
Para que eu me despeça das minhas lembranças
E enterre minhas mágoas, no frio oceano em que mergulhei
Uma ultima vez nos teus braços!!.. só mais esta vez!!
Para guardar na memória o aroma do teu perfume
E as horas vividas do amor, e das carícias que você me fez
Então podes ir para sempre, que eu não irei te prender ao lado meu
Viverei sim, das minhas lembranças, e me condenarei á aprisionar
Todos os meus sonhos, dentro do meu próprio eu.

Mara Laurentino

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009


Rosa samba no pé
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Rosa, menina cheirosa formosa
Que desce o morro para ir dançar
Na avenida ela samba e fascina
Rosa faceira, também vou sambar

Mulata dengosa com samba no pé
Lá no carnaval vai arrebentar
Mostrar rebolado pra todos os lados
Rosa menina também vou sambar

Mexe as cadeiras pra um lado e pro outro
Um jeito maroto para requebrar
Negra menina me faz um agrado
Leva-me contigo eu quero sambar


Sai lá do morro pra escola de samba
Mostra que é bamba para desfilar
E lá só dá ela na passarela
Neste carnaval vai arrebentar

Mara laurentino

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Menina de tranças


Menina de tranças
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Menina de tranças
Leva-me e me encanta
Neste teu rebolar
Caminha ereta
Tão rápida tão certa
No teu caminhar
Cestinha na mão
Com flores lá dentro
E a saia ao vento
Querendo se mostrar
Tão meiga tão linda
Menina de tranças
Ensina-me tua dança
Pra contigo eu bailar
Olhar de cigana
Me pega me chama
E diz que me ama
Pra contigo eu casar

Mara Laurentino

sábado, 31 de janeiro de 2009

Eu sem você


Eu sem você
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Eu sem você sou barco a deriva
Oceano sem mar
Sou folha seca ao vento, voando sem direção
Sem ter aonde parar
Sou princesa sem castelo
Sou rua sem asfalto, estrela sem brilhar
Sou céu a meia noite, sem nuvens sem brisa suave
Sem lua pra clarear
Eu sem você sou letra sem a música
Poesias sem rimar
Sou aquarela sem as cores, jardim sem as flores
Terra seca, que ninguém consegue plantar
Eu sem você sou Julieta sem Romeu
Sou a história que com o tempo se perdeu
Eu sou simplesmente o vazio, em pleno ar

Mara Laurentino

Eu peço um tempo


Eu peço um tempo
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Eu peço só um tempo,
pra que eu viva mais um pouco
E desse pouco eu aprenda a viver
Apreciando a beleza
das pequenas coisas
Como o brilho do sol
a cada amanhecer

Eu peço só um tempo,
pra que eu aproveite por um momento
O tempo em que tantas vezes me neguei
A ter tempo pra amar,
também meus semelhantes
E aprender a recolher
as flores, que no caminho eu deixei

E que o tempo seja meu amigo
e não me repreenda
Pelo tempo que perdi
Que eu tenha um pouco
mais de paciência, em apreciar
Tudo que um dia, eu não quis

Peço só um tempo,
pra que o meu eu, venha renascer
E das velhas cinza eu venha retornar
Só uma chance pra concertar meu universo
E com o tempo eu aprenda a amar

E assim eu lute todo tempo,
sem do tempo eu ter tempo a perder
É só um tempo que eu peço,
um pouco espaço de tempo
Antes que os meus olhos se fechem
e eu venha á morrer

Mara Laurentino

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Renascimento


A natureza (em delírio)
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Vento me trouxe folhas secas do outono
Nas asas dos ventos, eu me envolvi
Nas nuvens branquinhas igual algodão
Nem sei em qual delas eu adormeci

No sol causticante vi ferver os meus sonhos
No brilho das estrelas renasceu meu cantar
A lua então, me emprestou claridade
E no céu colorido me vi a sonhar

A voz dos anjos ecoou no universo
Tão alto e tão forte, igual um trovão
Unindo assim o longe ao perto
Soltando faísca, em toda direção

A chuva  molhou toda terra
O claro relâmpago, iluminou os dias meus
O perfume de sândalo se espalhou pelo ar
E toda a vida pra mim renasceu.

 Mara laurentino
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