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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Labirinto




Guardei minhas lembranças
neste velho baú
Tuas cartas perfumadas
e tudo que me lembrasse de ti
Fugi então pelo labirinto
pensando eu em não mais te ver
Cada vez eu me afastava
entre paredes eu me encontrava
Corria fugia e no mesmo caminho
de volta eu andava
E lá estava você
Cruzei fronteiras da desilusão
e em estradas me perdi
Neste escuro labirinto
tanto medo eu senti
caminhei por entre rochas
Com pavor de te encontrar
mais nas estradas
em que eu passava
Olhando pra traz eu te avistava,
pois em meios aos pensamentos
Você também estava lá

correndo contra os sentimentos
sem querer acreditar
Que perdia a cada momento
o caminho de voltar
eu me afastava e retornava
Pra no mesmo lugar ficar.
igual redemoinho, rodando sem parar
de longe eu só olhava
se você estava lá
Como teia de aranha
minha cabeça deu um nó
deparei-me neste labirinto
Perdido, tão triste e tão só
com minhas velhas lembranças
arrancadas do baú
Como se tiradas a forças
e eu me sentindo nu,
sem minha velha carcaça
Sem noção do norte ou do sul
Corri entre as velhas paredes
deste meu mundo de ilusão
Voei com asas de águia
na minha imaginação
Com medo de ter perdido os meus sonhos
quis de novo te encontrar
E sai deste labirinto,
ainda bem, você estava a me esperar

Mara laurentino

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