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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Perguntas

Eu sei, que em meio a tantas lutas,
E problemas
Eu vou seguindo a vida em um dilema.
E tenho tantas coisas que perguntar.
Porque? Eu questiono á Deus lá nas alturas.
Se o homem aqui na terra, encontra cura?
Pra falta do mais forte sentimento
Que é amar.
Pra que tanta violência, tanta guerra?
Não basta o sofrimento, desta terra?
Ainda tenho que ver o homem matar?
Crianças, velhos e jovens se engalfinham
Por quase nada, ou coisas tão mesquinhas!
E esquecem do mais lindo sentimento
Que é amar.
Porém o que me consola é saber,
Que olhando a natureza eu encontro
A prova mais fiel, de um amor profundo.
É que em todo o universo,
Eu vejo o sentimento seu.
Nas flores, nas águas de um mar tão infinito.
No canto de um pássaro, que bonito!
No próprio homem
A imagem de Deus.

 Mara Laurentino

Voltas


Era só amizade
E eu me enganei
Te dei créditos confiança
Confesso, contigo sonhei

Ao saber no entanto,
do meu devoto amor
Tu zombas-te e humilhastes
Provocando-me grande dor

Coração despedaçado,
em lágrimas se desfaz
Morrendo dentro do peito,
desiludido cada vez mais

Como pássaro ferido,
que ao ninho se recolheu
Desfiz então os sonhos,
de um amor que era só meu.

Ao humilhar-me não sabias,
as voltas que a vida dá
Pois o tempo meu amigo,
te ensinou a me amar..

E do jeito mais cruel,
tu aprendestes a lição
Que a vida prega peças,
em um pobre coração

Se amor com amor se paga,
eu estou pagando pra ver
Se seu amor é suficiente
pra eu voltar a amar você.

Mara Laurentino

És lindo





És lindo meu amor
Como o desabrochar de uma flor,
Fico á contemplar-te embevecida como a um deus.
És belo como o sol poente
Anjo que guarda as minhas noites,
Ao som de harpas e violinos.
Sim, és lindo como o amanhecer primaveril.
De onde vem tua candura, hó ser celestial?
Quando me levas aos sonhos,
Elevas-me as alturas qual som de bandolins.
Estrelas cintilam nos teus olhos profundos como á noite
Raios de luar banham tua pele aveludada
Ah! És lindo!
Chego a tocar-te um momento com mãos medrosas
E tu me sorri
Então se abre as portas do universo.
És todo sorriso em versos
És o ápice da eterna candura,
Luz extrema na tua face irradia.
Sentimentos surgindo qual flor em botão
Sim és lindo meu amor.
E tu entendes a minha voz silenciosa
E Como um deus, tu desce do olimpo,
Vens e me prendes em teus braços
Envolves-me com ondas de ternura e paixão
Outra vez me amordaças com teus lábios
E mais uma vez, eu morro e renasço por ti.

 Mara Laurentino
.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

vida




Coração deserto sentindo
O querer só por querer
Imaginação cria asas
Na força do vento a bater

Alvorada já desponta
Um novo dia raiou
Nas montanhas o sol nascente
Nova vida, novo amor

No campo as flores já brotam
Os pássaros revoam a cantar
Felizes se vão nossos dias
Correndo sem nunca parar.

A vida na fonte que jorra
No toque, na música no ar
Perfume de flores silvestre
Ou cheiro de frutos do mar.

Arco-íris de cores tão lindo
Cortando o céu de anil
A chuva caindo fininha
Ou o toque do som de vinil

A vida é feita de tudo
As cores, o sol , o luar
A terra, o barro,a pedra
O homem, o tempo, o ar.

 Mara laurentino

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O pau que bate em chico




O pau que bate em Chico
Também bate no Francisco
Seja pobre seja rico
Quando a linha quebra ,
todos eles correm risco
A morte chega ligeiro
Pega o nauta  o estrangeiro
O careca  o cabeludo
O loiro, o negro, o amarelo
O mané pé de chinelo
O magnata carrancudo

O pau que bate em Chico
Também bate no Francisco
Presidentes , reis, princesas
Não importa a riqueza
A queda é sempre o seu fim
Nas ruas,o mendigo
Na quadra, o atleta
Nos livros, o poeta
Todos temos que ir

O pau que bate em Chico
Também bate no Francisco
Seja pobre , seja rico
Não existe rainha ou rei
Temos que descer a terra
Cada um, há sua vez

Crianças, velhas, e jovens
Não adiantam se esconder
Pois quando a linha quebra
Não tens chances de correr
Todos sempre vão cair,
o destino é morrer!!!

 Mara laurentino

Um louco no meio de cem




Sou pedras e rochas
Espalhadas no caminho
Grito sufocado na garganta
O pingo de sangue no rasgo do espinho
Metros de puro egoísmo sem por que.
Estrada deserta ao anoitecer
O pulo do sagui desarvorado
Loucuras de um ser Atordoado.
Escrita sem conclusão sem nexo.
O côncavo sem o convexo
Gente fatal que nem Sempre agrada.
Às vezes amada, às vezes, odiada.
Mentiras e verdades sou misturas disso também
Lacunas no meio do espaço
Sou só mais um louco no meio de cem

Mara Laurentino










sábado, 23 de agosto de 2008

Quando o poeta chora


Não tentes secar as lágrimas de um poeta
Pois certamente delas irá nascer mais um poema
Entre lágrimas deslizará sua pena
Com mãos ágeis, letra a letra,
pauta a pauta
Versos a versos, contará quem sabe
a tua história!
Silencias tão somente para que a mágica dos sonhos
Não seja dissipada
O choro de um poeta é tão somente os sentimentos
Que ainda não foram copiados para o papel
Se assim, o ver chorar,
não te entristeças mais tão somente...
Afasta-te sem remorsos,
pois estais iniciando á fazer parte
dos seus sonhos.
Assim irá nascer um a um todos
os seus poemas e versos
Então entendereis que quando um poeta chora
Não é só por tristeza não,
mais também por pura emoção.
E quando finalmente leres os seus versos
Estarás assim lendo do poeta o coração

 Mara Laurentino

Uma lágrima


Estava lá!
Uma rosa vermelha em minha janela.
Sufoquei uma lágrima que teimava em descer,
Rolar, se alastrar no meu rosto.
Sentia e sabia, sim sabia que era uma despedida.
Como a zombar estava um beija-flor, pra lá e pra cá.
Em vôos rasantes, pra lá e pra cá.
Vai ingrato! Vai para longe e levas contigo,
O orgulho da tua alma insensível.
A dor é tão somente o purgatório do corpo.
Inconseqüente é o amor adolescente, sem medidas nem fronteiras.

Amor ínfimo amor, que jaz nas cinzas de uma saudade,
Louca e egoísta.
Egoísta em querer te fechar em meus cadeados.
Prender-te em meus elos.
Há, miserável sentidos dos sentidos!
És capaz de dá um nó em um coração á tanto já despedaçado.
Sei no inconsciente, que vai doer e doer.
Sem despedidas, sem adeus, só uma rosa, uma e vermelha.
Soa-me como zombaria, por ser a cor da paixão.
Quero esconder-me na sombra do meu eu.
Sentir-me forte, e não sentir.
Não há lágrimas, não há despedidas.
Invoco dentro da escuridão de mim, a mim as forças que tenho
sou forte, nunca choro, nunca sinto,
Nada de dor nem saudades, sim, sou forte.
Então porque teimosa, uma a uma continuas a descer, se espalhar,
Molhar o meu rosto, a contradizer-me?
És tu o meu próprio algoz?
Lágrimas, lágrimas, e entre lágrimas, mais uma
Lágrima...


Mara Laurentino


QUEM DERA

QUEM  DERA PUDESSE
EM TEUS BRAÇOS ME AQUECER
ESQUECER O MUNDO LÁ FORA
E VIVER SÓ PARA VOCÊ

QUEM  DERA PUDESSE
CONTIGO NO CÉU BUSCAR
A ESTRÊLA MAIS BONITA
E A VOCÊ PRESENTEAR

QUEM  DERA PUDESSE
A NATUREZA TAMBEM MUDAR
TRANSFORMARIA TUA DOR EM MÚSICA
SÓ PARA TI VÊR CANTAR

QUEM  DERA PUDESSE
OS TEUS SONHOS REALIZAR
JUNTARIA TODOS ELES PRA
VOCÊ EU ENTREGAR

QUEM  DERA PUDESSE
CONTROLAR TUA EMOÇÃO
TE FARIA SONHAR SÓ COMIGO
E SERIAMOS UM SÓ CORAÇÃO

 Mara Laurentino

Só para te esquecer


Só para te esquecer
Joguei fora ás alianças
Sufoquei minhas esperanças
De outra vez querer te ver

Só para te esquecer
Te botei de porta afora
Não quis escutar a tua fala
De ser eu, teu bem querer.

Só para te esquecer
Gritei longe minha tristeza
Coloquei as cartas na mesa
E quis recomeçar a viver

Só para te esquecer
Corri o mundo fui à lida
Mais não fechei minha ferida
Não consegui curar meu ser

E para não te esquecer
Voltei sob os meus próprios passos
Mi aconcheguei entre os teus braços
Hoje vivo só para você!

 Mara Laurentino

NÃO ADIANTA CORRER

NÃO ADIANTA QUERER CORRER
NEM MESMO SE ESCONDER
POIS ATÉ NO MONTE OLIMPO
EU JÁ FUI BUSCAR VOCÊ
E O CÚMULO DA MINHA FORÇA
OLHA QUE JÁ TE MOSTREI
TE AMARREI, TE DEI UM LAÇO
COM A ESQUINA QUE EU DOBREI

JÁ DEI NO EM PINGO D´AGUA
NADEI EM MINHAS PRÓPIAS LÁGRIMAS
FIZ O TEMPO REVERTER
SÓ PARA ENCONTRAR VOCÊ
COM A FORÇA DO PENSAMENTO
TE TROUXE A LUA EM FORMA DE QUEIJO
A ENFEITEI COM VÁRIAS ESTRÊLAS
TE ENTREGUEI E ROUBEI UM BEIJO.

NO CASTELO DA ILUZÃO
TE ENCONTREI, ESTAVAS PRESO.
ENTREI  ESPADA NA MÃO
TE LIBERTEI, GANHEI UM BEIJO.
COM MEU CANTO DE SEREIA
EU TE HIPNOTIZEI, POIS ERA O MEU DESEJO
TE PROVAR QUE SOU HONESTA
DEVOLVENDO AQUELE BEIJO.

Mara Laurentino

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

DESENCANTO

Já gritei aos sete cantos
Já falei com o meu canto
Te mostrei com o meu pranto
Mil palavras de amor
Já andei sonhando nas ruas
Já pedi ao sol e a lua
Contornei o universo
Nos meus sonhos tão diversos
Que me desse o teu amor
Já dei nó em pingo d àgua
Afoguei as minhas mágoas
Numa torrente de emoção
Até tomei uma carraspana
Foi pior fiquei de cama
Dei-me cura estou sadia
Fora de mim esta paixão!

Autoria: Mara Laurentino

LIBERDADE


QUAL PÁSSARO LIVRE
BATI MINHAS ASAS
SAI DA MINHA CASA,
PRA VIDA VIVER

VOEI PELO MUNDO,
VIVI AVENTURAS
SEM SABER QUE ALGRURAS,
PODERIA SOFRER.

SOFRI COM O MUNDO,
A MALDADE DO HOMEM
POIS FRIO E FOME,
ME VI Á PASSAR

PENSEI SER UM REI,
OU DONO DO MUNDO
QUANDO SEM RUMO,
ME PROPUS Á VOAR
.
QUEBREI MINHAS PERNAS
E TAMBEM MINHAS ASAS
MAIS O ORGULHO MALDITO
NÃO ME DEIXOU VOLTAR

E JÁ DESFALECENDO,
SEM ESPERANÇA SEM NADA
FIQUEI ALI PARADO,
VENDO A MORTE CHEGAR.

EM MEU DELÍRIO,
JÁ COM A VOZ FRAQUINHA
PEDI AO PAI DO CÉU
PARA ME PERDOAR

POIS TUDO EU TINHA,
E NA MINHA ARROGANCIA
PURA IGNORANCIA,
QUIS TUDO DEIXAR

E ELE ME OUVIU
COM SUA BONDADE
OLHOU-ME SEM MALDADE,
ME FEZ LEVANTAR

TAL QUAL O FÊNIX,
RENASCI EU DAS CINZAS
DEI A VOLTA POR CIMA,
E REGRESSEI AO MEU LAR

Mara Laurentino

SONHOS



EM DEVANEIOS ME ENCONTREI
ENTRE LUZ E REFLETOR
REPRESENTANDO UM PAPEL DE SONHOS
EM UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR

ONDE EU, ERA SÓ TUA
E TU, ERAS SÓ MEU
ERAMOS DOIS, ERAMOS UM
QUAL JULIETA E ROMEU

TUA ALMA MINHA ALMA
JUNTAS NUMA FUSÃO
SANGUE DO MESMO SANGUE
PULSANDO EM UM SÓ CORAÇÃO

JUNTOS EM PENSAMENTOS
VOAMOS EM RUMOS DIVERSOS
CANTAMOS JUNTOS COM OS ANJOS
TRANSFORMANDO A MÚSICA EM VERSOS

TUA VIDA MINHA VIDA
EM UMA SÓ SE TORNOU
AS NOSSAS DUAS VIDAS JUNTAS
E UMA GRANDE HISTÓRIA DE AMOR

Mara Laurentino

ÁGUA




GOTAS DE ÁGUA QUE CORRE NA TERRA
QUE MOLHA AS SERRAS, VALADOS E MONTES.
 ENCHE OS RIOS, DERRAMA NOS MARES
ENTRA NOS VALES, EM TERRAS DISTANTES

ÁGUA QUE BANHA TODO O PLANETA
NAS ONDAS REVOLTAS, OU NO RIO A CORRER
NAS CACHOEIRAS DE FORMA TÃO LINDA!
OU NA CHUVA QUE CAI, PRA PLANTA CRESCER

ÁGUA QUE LAVA A SUJEIRA DA TERRA
QUE MOLHA A SERRA,VALADOS E MONTES

FORMA A VIDA  DENTRO DOS MARES
E LEVA AOS LARES, O FRESCOR DA TUA FONTE.

 Mara Laurentino