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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Labirinto




Guardei minhas lembranças
neste velho baú
Tuas cartas perfumadas
e tudo que me lembrasse de ti
Fugi então pelo labirinto
pensando eu em não mais te ver
Cada vez eu me afastava
entre paredes eu me encontrava
Corria fugia e no mesmo caminho
de volta eu andava
E lá estava você
Cruzei fronteiras da desilusão
e em estradas me perdi
Neste escuro labirinto
tanto medo eu senti
caminhei por entre rochas
Com pavor de te encontrar
mais nas estradas
em que eu passava
Olhando pra traz eu te avistava,
pois em meios aos pensamentos
Você também estava lá

correndo contra os sentimentos
sem querer acreditar
Que perdia a cada momento
o caminho de voltar
eu me afastava e retornava
Pra no mesmo lugar ficar.
igual redemoinho, rodando sem parar
de longe eu só olhava
se você estava lá
Como teia de aranha
minha cabeça deu um nó
deparei-me neste labirinto
Perdido, tão triste e tão só
com minhas velhas lembranças
arrancadas do baú
Como se tiradas a forças
e eu me sentindo nu,
sem minha velha carcaça
Sem noção do norte ou do sul
Corri entre as velhas paredes
deste meu mundo de ilusão
Voei com asas de águia
na minha imaginação
Com medo de ter perdido os meus sonhos
quis de novo te encontrar
E sai deste labirinto,
ainda bem, você estava a me esperar

Mara laurentino

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mãe, anjo disfarçado de mulher




Mãe é senhora dos meus sonhos
Do caminhar é a minha luz
Anjo disfarçado de mulher
Invenção do próprio Jesus
Amiga mãe, mãe amiga
Nas horas de tristeza e agonia
Veste-se com armadura de amor
E transforma toda dor em alegria

Pássaro que guarda os seus filhotes
Embaixo de suas asas como proteção
Mulher, amiga, mãe desprendida
Dos valores matérias desta vida
O seu tesouro é o grande coração
Nele guardas todo amor e todo carinho
Que só mesmo uma mãe pode ter
Protege com afeto seus filhinhos
E usa até o sétimo sentido
Dizendo o que vai lhe acontecer

Advinha fada ou feiticeira
Ninguém sabe ao certo o poder que ela tem
Mais belo é o seu olhar materno
E quem guarda seus conselhos
Geralmente se dá bem
Mãe mulher, amiga mãe
Pra ti hoje nesta data de valor
Te ofereço esta singela poesia
Que é o fruto da minha admiração
E a prova fiel do meu verdadeiro amor

Mara Laurentino

domingo, 19 de abril de 2009

Mãe a força do ’verbo’ amar


Mãe a força do ’verbo’ amar
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Mãe natureza, mãe terra,
Mãe selva, pedra forte
Do vento da terra
foste criada também
Mãe lua, mãe dos mares
das serras, forte como a chuva
És ferro ouro prata
É mãe de todo ser, mãe do além
Em mil palavras tua espécie
deseja te homenagear
E juntem-se a mim sábios
letrados e poetas para falar de mães
Este ser iluminado em um corpo
de uma frágil mulher
Porém há de ser sempre
por muitos homens invejado
Pois é do ventre de uma mulher
que um filho há de nascer
Mãe de todos nós
Mãe desta grande nação,
és bendita
É a luz da nossa inspiração
E homens do mundo inteiro
que da ciência compreendem
Em saber são os primeiros
mais de mães nada entendem
Porque Deus fez gerar
E então nascer seu filho
Logo de um ventre de mulher,
com a graça e sabedoria
Na humildade de Maria
nasceu Jesus de Nazaré
Consagrado então foi este dia
para das mães poderem falar
E sem falsa demagogia
também quero me expressar
Mulheres virtuosas
aonde mais irão te encontrar
A não ser nos versos ou nas prosas
Nas escritas de um velho
dicionário que explica
A palavra mãe significa
toda a força do ‘verbo” amar.

Mara Laurentino

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Olhando as estrelas





Olhando a noite clara
vejo nas estrelas
Teu lindo olhar
Cubro- me com um véu
De nuvens finas
e lá no alto me ponho a pensar

Alonga-se a noite
E triste,
vejo o tempo como estivesse a parar
A dor dilacera, minha alma
não vejo as horas passar

Continuo a te esperar
como a mãe espera o filho
como a noite espera o luar
Assim canto o cântico
de Salomão, és linda
amiga minha, és linda
como a flor do maracujá

E lá vem ela com a beleza
da primavera,
majestosa, como o brilho do luar
me envolve então
com a magia do seu canto
e a luz do seu olhar

Viajo em plena noite
e em sua luz me vejo a plainar
no coração a alegria inocente
tal qual menino, que vive a brincar

És pra sempre rainha dos meus sonhos
aos teus pés meu coração depositei
Já escrevi teu nome em minha veia
com meu sangue em minha alma te tatuei

agora me leva logo contigo
e para sempre escravo teu
Eu ei de ser
te vestirei com os mais alvos vestidos
e com raras essências,teus cabelos lavarei
Serás então assim minha rainha
esta noite pra sempre bendirei
Serei feliz igual pássaro de volta ao ninho
E nos teus brilhantes olhos
para sempre me eternizarei.

Mara Laurentino