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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ESPERANÇA








Da vida, eu tiro o mais doce
Do incerto, eu tiro a razão
Do seja, eu tiro a certeza
Das dores, eu tiro a lição
Do tempo, eu tiro histórias
Do mundo, eu tiro o saber
Dos versos, eu tiro esperança
Dos sonhos, eu tiro o crescer .
Das noites, eu tiro o orvalho
Das plantas,, o que há de bom
Do campo, eu tiro o cheiro
Das notas, eu tiro o som.
Do passado, eu tiro experiência
Pra juntar tudo isso, em um só,
Misturar, com os meus sentimentos.
E sonhar, com um mundo melhor.

Mara Laurentino

SAUDADES


                                                                                                                                            
Saudades, doces saudades.
Do tempo que não volta mais
Da tua voz, teu sorriso.
Dos nossos dias de paz

Saudades da, tua boca
Da tua pele, de tudo enfim
Saudades, do cheiro das rosas
Que sempre trazias pra mim.

Saudades da primavera
Quando vecê foi  para não voltar
Mesmo sabendo ser inútil á espera
As saudades me lembram a luz do teu olhar.

Saudades nas noites, de estrelas cadentes.
No brilho da lua, Ou no sol reluzente.
No som do riacho, nas ondas do mar
No pingo da chuva, no grilo a cantar.


Saudade Saudade está á machucar.
Nos dias de inverno, nas noites a sonhar
Pior que a saudade, é saber que agora.
Você foi embora pra não mais voltar.

  Mara laurentino



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Um poema para Helena








Helena dos meus amores
Flor mais bela do meu jardim
Embriaga-me em doce incenso
Desabrocha só para mim.
Sinto teu perfume em minha pele
No toque suave de tuas mãos
Em teu rosto um sorriso sincero
         Nos olhos, a chama ardente da paixão
 Quero te falar tantas palavras 
     Mas não consigo me expressar
Derramar aos teus pés a minha alma
        Perder-me para sempre, na luz do teu olhar.
Ouvir teu coração batendo forte
que de encontro ao meu, vem se juntar
Unindo para sempre a mesma sorte
E conjugando assim o verbo amar.
Leva-me neste teu mundo de encantos
De amor e paz, oh linda morena!
Que eu pra sempre viverei feliz
Nos braços meigos, da minha amada Helena.

Mara Laurentino

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Eu partículas do universo

Eu sou o pingo da chuva que molha a tua cabeça
corre em todo teu corpo, caindo na terra seca
Sou cheiro da terra molhada, da grama. das flores silvestres
O final de uma grande estrada, o alivio de quem padece
O olho do furacão, Sou o vento em sua fúria
fogo que arde na pele, A dor que não tem cura
Sou temporal e terremoto,a natureza em revolta.
A onda brava do mar, as baleias que estão mortas
Sou a luz sou claridade, Sou metade de você
Sou o mal e sou o bem, Só resta você escolher
Que eu sou a vida, eu sou a morte, mas também sou benquerer
Sou pedaços do teu passado, começo do teu viver
O futuro que vem correndo a história que irá acontecer,
Sou o choro das crianças. Sou andarilho sem destino
O sol a meia noite, A fome do nordestino
A vaca magra do pasto, As travessuras do menino
Sou a poeira cósmica, a nuvem de parafina,
Sou o amante das madrugadas, a virgindade das meninas
Sou o monstro, sou o médico, Sou  teus versos tuas rimas
Sou teus pensamentos viajando neste mundo tão diverso,
Carrossel deste grande parque, Eu sou partículas que formam o universo.

Mara laurentino

Um anjo



Saiu de dentro de mim,
Minha alma á te procurar
Por entre mundos distantes,
por entre caminhos longínquos
No universo de sonhos a andar
Estava tão solto tão leve
qual espírito a levitar
Por entre plumas e nuvens
Soltas no céu a voar
Agraciastes-me com olhar de ternura,
como quem procura achar
A beleza das frutas maduras
ou a leveza dos pássaros no ar

Qual uma imponente águia
Com tuas asas, viestes me acobertar,
Derramou em mim um incenso
Que em meu corpo eu vi espalhar
Igual á mágica dos sonhos,
em minhas costas eu também vi brotar
Duas asas de enorme tamanho,
e contigo no céu fui voar
Escutei musica de harpa,
Que tocava no universo sem fim
De repente os meus olhos se abriram
Era um anjo, cuidando de mim.

Mara laurentino

Vou ver Mariana


A chuva molha a terra, molha a serra 
Molha minha roupa, mas vou ver Mariana!
Vou cantando na chuva, dançando na chuva
Correndo na chuva, vou ver Mariana!
A chuva molha meu rosto, molha meus ossos
Até minha alma,... Cadê Mariana?
Vou ver Mariana, pulando na chuva, sorrindo na chuva,
Lá vem mariana!
Chove na rua, canto na chuva, brincando com a chuva
E chove Marianas!
Mariana menina, Mariana mocinha, Mariana grandinha
Quantas Marianas houver! 
E sonho na chuva, sorrindo na chuva, amando na chuva.
E na chuva encontro minha Mariana, Mariana molhada
Mariana faceira, Mariana brejeira, Mariana mulher.



Mara laurentino

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A saga do nariz






Oh nariz de enorme tamanho!!
por tua causa eu tanto sofri!
Já quis te cortar, te amassar
te por no lixo!
Vejam só, por causa dele
como eu fui infeliz!
Mais parece um viaduto
de tão grande extensão
Sempre unido em minha cara
sem ter dó nem compaixão.
Quando olho para os lados
ele também ali está.
E olhando eu de frente
ele acompanha o meu olhar.
Na rua lá de casa
eu sofria com os moleques
Só faltava dá um ataque
com aqueles serelepes.
Eles me chamavam de tucano,
ou venta de arara,
E eu queria era morrer
ou te arrancar da minha cara.
Esse infeliz desse nariz
vai aonde quer que eu vá
Mais parece um encosto
ou outro braço que ali está.
Vai crescendo a cada dia,
eu não sei, aonde isso vai parar.
O que eu queria mesmo
era arrancar, o mal pela raiz
Baixar a crista desse desalmado
que chamam de nariz
Poder acabar com a raça dele
ou mesmo lhe extinguir
Mais pra dá um jeito nele
 Só o Ivo Pitanguy.

Mara Laurentino

Véu de estrelas





     Busquei em cada estrela fulgurante lá no céu
      O brilho de cada uma, formando um lindo véu
De raios coloridos, te cobri ao anoitecer
          Embaixo deste véu imenso, então escondi você

Em cada centímetro, deste teu belo corpo nu
Tatuei também a lua e um pedaço do céu azul
Coloquei aos teus pés, toda cor da aquarela
    No jardim das ilusões, te mostrei a flor mais bela

Desta linda flor, o incenso extrai para te dá
         Te alimentei com doce néctar, beija-flor á te beijar
      Te levei por sobre nuvem de algodão a caminhar
Uni a minha voz a tua, em melodias a cantar

 Nesta doce melodia, teu corpo uniu-se ao meu
Escutei teu coração, ele disse-me eu sou teu
                   Te enchi assim de estrelas, as mais brilhantes que no céu há
                 Pegastes-me em teus braços fortes, e me levastes a flutuar

Mara Laurentino