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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Temporal




Cai a chuva forte
inundando toda terra
Olhar medroso fugaz
de uma janela
Gente que corre,
gente que foge
e gente que morre
O dia que vira noite
tamanha escuridão
Relâmpagos cortando os ares
Mesclados, com o ribombar
dos trovões

Pobre da minha gente
perdidas no temporal
Água chegando aos ombros,
tristeza morte fatal
São Pedro abriu as portas
sem nenhuma compaixão
Sem lembrar que aqui na terra
é o mês de são João
Jogou água lá de cima
como fosse pra lavar
Os pecados que ainda
não tive tempo pra pecar

Ai de ti minha Luzia
que com a seca
você chorou
Já veio água mais de um dia
e a você ela matou
Inundou a tua casa
e também o ribeirão
Te levou pra outro mundo,
quando mudou a estação
Que Deus pare essa chuva
ou mande devagar
Que eu pedi foi pra chover
não para nos matar

Mara Laurentino

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