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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Deserto




Sinto o sol causticante queimar minha pele
Raios amarelos dilaceram meu corpo esfarrapado, cansado
Lambo o suor do meu rosto.
Sinto sede, sede! Sede! Quem irá saciar a sequidão da minha garganta?
Areia fofa, areia quente, areia branca, branca... tão branca!
Meus pés ardem, vozes se misturam a minha insanidade
Quero um oásis! Um oásis! Um oásis!
o deserto..está Simplesmente deserto!!
Aqui estou aqui irei continuar onde você me deixou
Se lágrimas houvesse as tragaria com suor
Mas continuo sentindo sede e roendo as pontas das minhas unhas
Quebro os ponteiros do meu relógio e deixo passar o tempo
Sem contar.
Esconjuro a malícia dos raios que teimam em queimar minha cabeça
Culpo mais uma vez ao inconseqüente órgão traiçoeiro que denominam coração
Antes não o tivesse! Antes não o escutasse! Não haveria solidão.
Ouço o compasso dele viajando por minhas veias
Tento parar sem conseguir. Esquecer será minha vitória.
Sentado aguardo uma volta, A minha volta, a tua volta!
A tua! Só tua vontade para eu ser feliz!
Enquanto não vens, enquanto não me salvas de mim,
Enquanto o sol não me mata, meus delírios não me consomem,
Vou sucumbindo pouco a pouco em finas taças de vinhos .

Mara laurentino

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