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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

PERMITA


Permita Por um dia
Sem regras de etiquetas
Quero por os braços na mesa,
comer carne com as mãos

Sujar o meu rosto com manga,
brincar com a minha criança,
Fazer castelos de areia,
Brincando sentada no chão

Permita ser por um dia,
Eu mesma, sem nada fingir
Sentar e por o pé na cadeira,
Falar um monte de bobeiras
Mesmo que sorriam de mim,

Permita Por um dia sem fingimento
Esquecer que sou culta
e coisa e tal.,
Virar a casaca e ser simplesmente
Um corpo humano e raciocínio animal

Entrar lá no mar com roupa e tudo
Assanhar meu cabelo,
e falar palavrão,
Andar pelas ruas toda molhada,
mesmo que isso chame atenção

Permita, ser eu mesma agora,
Sem consciência pesada por tudo fazer
Por para fora meu jeito moleca,
Sem criticas a forma que eu vou comer.

Permita por um dia, eu ter que faltar
Com as boas maneiras, e ao tosco voltar
Sem ter que pensar, o problema que deu
E ser por um dia, menina, mulher,
Ou simplesmente eu

Mara laurentino

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