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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O cheiro da morte





Sinto a vida esvaindo por entre os meus dedos
A morte se aproxima e eu sei, sinto seu odor de enxofre
Meu coração já sangra pelo esperado e minha alma entra em agonia
A dor supera minha consciência, qual punhal forjado no fogo
e cravado no meu coração
Ai de mim por sentir-me frágil! Ai de mim por não querer correr ou não poder!
Quem entenderá? Quem poderá medir a extensão do que se passa dentro do meu eu?
Ingrata! Mil vezes ingrata e injusta vida!
Deste-me de ti o melhor por só um minuto, e já vens e queres roubar-me?
Subtrais assim o mais belo de mim só restando à escuridão!
Não consigo ver essa tão falada luz no final do túnel, como os outros vêem!
E ela vem! Ouço o trotar do seu cavalo e sinto em minha pele o gume
da sua foice.
Repugnância eu sinto por surpreender-me!
Mil vezes desconjuro tua traição!
Seria melhor não ter vivido nada do que viver e sentir a doce
Ilusão de um amor e ser tragado tão cedo por tuas mãos!
Mas se tens que vim que sejas rápida, pois não tenho outra solução
a não ser segui-te
Acabará então minha agonia e o ultimo fio de esperança se romperá.

Mara laurentino

2 comentários:

Bruno L. Barros disse...

nossa, q lindo....nem preciso dizer q sou fã de poemas e poesias né ?? meu blog é disso tbm. Obrigado pela visita.

El Brujo - Rock disse...

Embora muitas vezes passe sem deixar rastros, é aqui que venho buscar inspiração.
Um ótimo dia, mágico e de realizações!